Dia 23 de outubro (quarta-feira) das 8h00 às 12h00

DADOS DO CURSO

Título:

DESENVOLVIMENTO E SAÚDE DA CRIANÇA

Área da psicologia:

Psicologia da Saúde

Nível:

[X] introdutório     

Relevância do tema:

A mediação de variáveis psicológicas e sociais no processo saúde-doença é tema de interesse, há muito tempo, de várias áreas de conhecimento, como a Medicina, a Psiquiatria, a Saúde Pública, a Psicopatologia, a Psicologia, e mais recentemente, a Psiconeuroimunologia e a Psicologia Pediátrica. Esta última, em particular, estuda as relações entre os problemas de saúde e o desenvolvimento de crianças e adolescentes, suas famílias, os profissionais e os sistemas de saúde. Esta abordagem desenvolvimentista, transacional, aplicada à área da Psicologia da Saúde é mais recente e prescritiva para intervenções de caráter psicossocial.

Objetivos:

 Pretende-se apresentar os temas e conceitos básicos para a compreensão e análise dos processos de desenvolvimento relacionados às condições de doença na infância, ilustrando com estudos do Grupo de Pesquisas em Psicologia Pediátrica.

Conteúdo Programático:

Unidade I- Psicologia Pediátrica

1.1. Delimitação do campo de pesquisa e intervenção

1.2. Bases teóricas e metodológicas da Psicologia Pediátrica

Unidade II- Psicopatologia do Desenvolvimento

2.1. Conceitos básicos

2.2. Problemas de saúde física e mental e desenvolvimento infantil

Unidade III- Pesquisas e intervenções em Psicologia Pediátrica

3.1. Riscos biopsicossociais – prematuridade e baixo peso

3.2. Dor na Anemia Falciforme

3.3. Dor neonatal

Metodologia:

Aula expositiva, com apoio de recursos de multimídia.

Público-alvo:

Estudantes e profissionais de Psicologia e áreas afins

Bibliografia Básica:*

Psicologia Pediátrica

*Barros, L. (2003). Psicologia Pediátrica: Evolução de uma especialidade. In Psicologia Pediátrica: Perspectiva desenvolvimentista (pp. 19-36). Climepsi: Lisboa.

*Crepaldi, M. A., Linhares, M. B. M., & Perosa, G. B. (Eds.) (2006). Temas em Psicologia Pediátrica. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Complementar

Aylward, B. S., Bender, J. A., Graves, M. M., & Roberts, M. C. (2009). Historical developments and trends in Pediatric Psychology. In M. C. Roberts, & R. G. Steele (Eds.), Handbook of Pediatric Psychology (Fourth Edition, pp. xvii-xix, 3-18). New York: Guilford Press.

Processos psicológicos, desenvolvimento e saúde

Temperamento e autorregulação

*Calkins, S. D. (2011). O temperamento e seu impacto no desenvolvimento infantil: comentários sobre Rothbart, Kagan e Eisenberg. In R. E. Tremblay, M. Boivin, R. De V. Peters (Eds.), Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância [on-line]. Montreal, Quebec: Centre of Excellence for Early Childhood Development, 1-6. Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/documents/LutharPRTxp1.pdf. Consultado [18-05-2013].

*Klein, V. C., & Linhares, M. B. M. (2010). Temperamento e desenvolvimento da criança: Revisão sistemática da literatura. Psicologia em Estudo, 15 (4), 821-829.

*Rothbart, M. K. (2011). Temperamento inicial e desenvolvimento psicossocial. In R. E. Tremblay, M. Boivin, R. De V. Peters (Eds.), Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância [on-line]. Montreal, Quebec: Centre of Excellence for Early Childhood Development, 1-6. Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/documents/RothbartPRTxp1.pdf. Consultado [18-05-2013].

*Sameroff, A. (2010). A unified theory of development: A dialectic integration of nature and nurture. Child Development, 81 (1), 6–22.

*Skinner, E. A., & Zimmer-Gembeck, M. J. (2007). The development of coping. Annual Review of Psychology, 58, 119-144.

Complementar

Putnam, S. P., & Stifter, C. A. (2008). Reactivity and regulation: The impact of Mary Rothbart on the study of temperament. Infant and Child Development Inf. Child. Dev., 17, 311–320.

Rothbart, M. K. (2007). Temperament, development, and personality. Current Directions in Psychological Science, 16, 207–21.

Rothbart, M. K. (2011). Becoming who we are: Temperament and personality in development. New York: The Guilford Press.

Rothbart, M. K., Ellis, L. K., & Posner, M. I. (2004). Temperament and self-regulation. In R. F. Baumeister, & K. D. Vohs (Eds.), Handbook of self-regulation: Research, theory, and applications (pp. 357-370). New York: Guilford Press.

Sameroff, A. (2009). The Transactional Model of Development: How children and contexts shape each other. Washington: American Psychological Association.

Sameroff, A. J. (2009). Conceptual issues in studying the development of self-regulation. In S. L. Olson, & A. J. Sameroff (Eds.), Biopsychosocial regulatory processes in the development of childhood behavioral problems (pp. 1 - 18). New York: Cambridge University Press.

Wachs, T. D. (2006). Contributions of temperament to buffering and sensitization processes in children’s development. Annals New York Academy of Sciences, 1094, 28-39.

Psicopatologia Desenvolvimental

*Rutter, M., & Sroufe, L. A. (2000).  Developmental psychopathology: Concepts and challenges. Development and Psychopathology, 12, 265–296.

*Wachs, T. D., & Evans, G. W. (2010).Chaos in context. In G.W. Evans, & T. D. Wachs (Eds.), Chaos and its influence on children’s development: An ecological perspective (pp.1-14). Washington: American Psychological Association.

Complementar

Evans, G. W., Eckenrode, J., & Marcynyszyn, L. A. (2010). Chaos and the macrosetting: The role of poverty and socioeconomic status. In G. W. Evans, & T. D. Wachs (Eds.), Chaos and its influence on children’s development: An ecological perspective (pp. 225-128). Washington: American Psychological Association.

Evans, G. W., & Kim, P. (2007). Childhood poverty and health: Cumulative risk exposure and stress dysregulation. Psychological Science, 18 (11), 953-957.

Feldman, R. (2009). The development of regulatory functions from birth to 5 years: Insights from premature infants. Child Development, 80 (2), 544 - 561.

Feldman, R. (2007). Maternal versus child risk and the development of parent–child and family relationships in five high-risk populations. Development and Psychopathology, 19, 293–312.

Feldman, R. (2012). Bio-behavioral synchrony: A model for integrating biological and microsocial behavioral processes in the study of parenting, parenting. Science and Practice, 12 (2-3), 154-164.

Feldman, R. (2012). Parenting behavior as the environment where children grow. In L. C. Mayes, & M. Lewis (Eds.), A Developmental Environment Measurement Handbook (pp. 535-367). New York: Cambridge University Press.

Klebanov, P., & Brooks-Gunn, J. (2006). Cumulative, human capital, and psychological risk in the context of early intervention: Links with IQ at ages 3, 5, and 8. Annals of New York Academy of Sciences, 1094, 63-82.

Laucht, M., Schmidt, M. H., & Esser, G. (2004). The development of at-risk children in early life. Educational and Child Psychology, 21, 20-31.

Li, S. (2003). Biocultural orchestration of developmental plasticity across levels: The interplay of biology and culture in shaping the mind and behavior across the life span. Psychological Bulletin, 129 (2), 171-194.

Resiliência

*Luthar, S. S. (2011). Resiliência na primeira infância e seu impacto sobre o desenvolvimento psicológico da criança. In R. E. Tremblay, M. Boivin, R. De V. Peters (Eds.), Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância [on-line]. Montreal, Quebec: Centre of Excellence for Early Childhood Development; 2011:1-5. Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/documents/LutharPRTxp1.pdf. Consultado [18-05-2013].

*Masten, A. S., & Gewirtz, A. H. Resiliência no desenvolvimento: a importância da primeira infância. In R. E. Tremblay, M. Boivin, R. De V. Peters (Eds.), Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância [on-line]. Montreal, Quebec: Centre of Excellence for Early Childhood Development; 2011:1-6. Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/documents/Masten-GewirtzPRTxp1.pdf. Consultado em 18-05-2013.

*Sameroff A. (2011). Resiliência precoce e suas consequências para o desenvolvimento. In R. E. Tremblay, M. Boivin, R. De V. Peters (Eds.), Enciclopédia sobre o desenvolvimento na primeira infância [on-line]. Montreal, Quebec: Centre of Excellence for Early Childhood Development, 1-6. Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/documents/SameroffPRTxp1.pdf. Consultado 18-maio-2013.

Complementar

Cicchetti, D., & Blender, J. A. (2006). A multiple-levels-of-analysis perspective on resilience. Implications for the developing brain, neural plasticity, and preventive interventions. Annals New York Academy of Sciences, 1094, 248-258.

Luthar, S. S., Sawyer, J. A., & Brown, P. (2006). Conceptual issues in studies of resilience: Past, present, and futures research. Annals of New York Academy of Sciences, 1094, 105-115.

Masten, A. S., & Obradovic, J. (2006). Competence and resilience in development. Annals New York Academy of Sciences, 1094, 13-27.

Variáveis psicológicas e condições de saúde

*Aldwin, C. M. (2009). Coping and physical health. In Stress, coping, and development: An integrative perspective (pp. 195-209). New York: The Guilford Press.

*Aldwin, C. (2011). Stress and coping across the lifespan. In S. Folkman (Ed.), The Oxford Handbook of Stress, Health, and Coping (p. 15-84). New York: Oxford University Press.

*Linhares, M. B. M. (2003). Prematuridade, risco e mecanismos de proteção ao desenvolvimento. Temas em desenvolvimento, 12 (Suplemento especial), 18-24.

*Pinquart, M., & Shen, P. (2011). Behaviors problems in children and adolescents with chronic physical illness: A meta-analysis. Journal of Pediatric Psychology, 36 (9), 1003-1016. 

Complementar

Barr, R. G., Boyce, W. T., & Zeltzer, L. K. (1996). The stress-illness association in children: A perspective from the biobehavioral interface. In R. J. Haggerty, L. R. Sherrod, N. Gamerzy & M. Rutter (Eds.), Stress, risk, and resilience in children and adolescents: Processes, mechanisms, and interventions (pp. 182-224). New York: Cambridge University Press.

Compas, B. E. (2006). Psychobiological processes of stress and coping: Implications for resilience in children and adolescents. Comments on the papers of Romeo & McEwen and Fisher et al. Annals of the New York Academy of Sciences, 1094, 226-234.

Costa Jr., Á. L. (2005). Psicologia da saúde e desenvolvimento humano: O estudo do enfrentamento em crianças com câncer e expostas a procedimentos médicos invasivos. In M. A. C. Dessen & Á. L. Costa-Junior (Orgs.), Ciência do Desenvolvimento Humano: Tendências atuais e perspectivas futuras (pp. 171-189). Porto Alegre: Artes Médicas.

Miranda, L. P., Resegue, R., & Figueira, A. C. M. (2003). A criança e o adolescente com problemas do desenvolvimento no Ambulatório de Pediatria. Jornal de Pediatria, supl. 1, S33-S42.

Schmidt, S., Petersen, C., & Bullinger, M. (2003). Coping with chronic disease from the perspective of children and adolescents – A conceptual framework and its implications for participation. Child: Care, Health & Development, 29 (1), 63–75.

Stoudemire, A. (2000). (Org.).  Fatores psicológicos afetando condições médicas (A. Sassi et al., Trads.). Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

Pesquisas e intervenções em Psicologia Pediátrica

Modelos de intervenção em Psicologia Pediátrica

*O’Connell, M. E., Boat, T., & Warner, K. E. (2009). Scope of prevention. In Preventing mental, emotional, and behavioral disorders among young people: Progress and possibilities (pp. 59-111). Washington, DC: National Academy of Press.

*Rolland, J., & Walsh, F. (2006). Facilitating family resilience with childhood illness and disability. Current Opinion in Pediatrics, 18, 527–538.

*Spirito, A., & Kazak, A. E. (2006). Effective & emerging treatments in pediatric psychology. New York: Oxford.

Complementar

Alderfer, M. A., Fiese, B. H., Gold, J. I.,  Cutuli, J. J., Holmbeck, G. H., Goldbeck, L., Chambers, C. T., Abad, M., Spetter, D., & Patterson, J. (2008). Evidence-based assessment in Pediatric Psychology: Family measures. Journal of Pediatric Psychology, 33 (9), 1046–1061.

Blount, R. L., Simons, L. E., Devine, K. A., Jaaniste, T., Cohen, L. L., Chambers, C. T., & Hayutin, L. G. (2008). Evidence-based assessment coping and stress in Pediatric Psychology. Journal of Pediatric Psychology, 33 (9), 1021-1045. 

Kazak, A. E., Simms, S., & Rourke, M. T. (2002). Family systems in Pediatric Psychology. Journal Pediatric Psychology, 27, 133–143.

Kazak, A. E. (2006). Pediatric Psychosocial Preventative Health Model (PPPHM): Research, practice, and collaboration in pediatric family systems medicine. Families, Systems, & Health, 24 (4), 381-395.

Kazak, A. E. (2008). Commentary: Progress and challenges in evidence-based family assessment in Pediatric Psychology. Journal of Pediatric Psychology, 33 (9), 1062–1064.

Kazak, A. E., & Meadows. A. T. (2000). Integrating psychosocial research and practice in a Pediatric Hospital. In D. Drotar (Ed.), Handbook of research in Pediatric and Clinical Child Psychology: Practical strategies and methods (chp. 24, pp. 511-528). New York: Kluwer Academic / Plenum Publisher.

Kazak, A. E., Rourke, M. T., Alderfer, M. A., Pai, A., Reilly, A. F., & Meadows, A. T.  (2007). Evidence-based assessment, intervention and psychosocial care in Pediatric Oncology: A blueprint for comprehensive services across treatment. Journal of Pediatric Psychology, 32 (9), 1099–1110.

Linhares, M. B. M., Martins, I. M. B., Klein, V. C. (2004). Mediação materna como processo de promoção e proteção do desenvolvimento da criança nascida prematura. In E. M. Marturano, M. B. M. Linhares, & S. R. Loureiro (Eds.), Vulnerabilidade e proteção: Indicadores na trajetória de desenvolvimento do escolar (pp. 39-74). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Pai, A. L. H., Drotar, D., Zebracki, K., Moore, M., & Youngstrom, E. (2006). A meta-analysis of the effects of psychological interventions in pediatric oncology on outcomes of psychological distress and adjustment. Journal of Pediatric Psychology, 31, 978–988.

Pesquisas em Psicologia Pediátrica/CNPq

*Enumo, S. R. F., Dias, T. L., Paula, K. M. P., & Cunha, A. C. B. (2012). Psicologia Pediátrica e a interface com a Educação Infantil: Algumas contribuições. In B. S. Grando, D. C. Carvalho & T. L. Dias (Orgs.), Infância, Cultura e Educação Escolar (pp. 219-241). Cuiabá, MT: EdUFMT.

*Enumo, S. R. F. , Paula, K. M. P., & Queiroz, S. S. (2012). Avaliação e intervenção em Psicologia Pediátrica: desenvolvimento de um Projeto Integrado de Pesquisa. In A. S. Nascimento, L. Z. Avellar, & P. V. Barbosa (Orgs.), Infância e juventude: Promovendo diálogos e construindo ações (pp. 23-46), Vitória, ES: GM Ed.; ABRAPSO-ES.

Complementar

Cunha, A. C. B., & Enumo, S. R. F. (2010). Desenvolvimento cognitivo da criança com deficiência visual e mediação materna. Curitiba: Ed. Juruá.

Martins, S. W., Enumo, S. R. F., & Paula, K. M. P. (2013). Avaliação e controle de dor por enfermeiras de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Revista Dor: Pesquisa Clinica e Terapêutica, 14 (1), 21-26.

Motta, A. B., & Enumo, S. R. F. (2004). Brincar no hospital: Estratégia de enfrentamento da hospitalização infantil. Psicologia em Estudo, 9 (1), 19-28.

Motta. A. B., & Enumo, S. R. F. (2011). Brincando no hospital: Intervenção psicológica para crianças hospitalizadas com câncer. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26 (3), 445-454.

Oliveira, C. G. T., Enumo, S. R. F., Azevedo Jr., R. R., & Queiroz, S. S. (2011). Indicadores cognitivos, linguísticos, comportamentais e acadêmicos de pré-escolares nascidos pré-termo e a termo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27, (3), 73-80.

Silveira, K. A., & Enumo, S. R. F. (2012). Riscos biopsocossociais ao desenvolvimento em crianças prematuras e com baixo peso. Paidéia, 22 (53), 335-345.

Turrini, F. A., Enumo, S. R. F., Ferrão, E. S., & Monteiro, R. N. (2010). Comportamentos afetivo-motivacionais durante prova assistida diferenciam pré-escolares nascidos prematuros e com baixo peso dos nascidos a termo. Psicologia: Teoria e Prática, 12 (2), 158-172.